sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

VISTA CHINESA


Direitos autorais garantidoa
VISTA  CHINESA




-Miguel! Mas que surpresa! E você também, Marina! Nunca imaginei que fossem vocês, quando a campainha tocou! Vamos, entrem!
- Pois é, Rubens... Resolvemos viajar na última hora. Desculpe-nos não ter avisado...
- Ora, Miguel, nem precisava... Minha casa está sempre aberta...
- Você sabe, vida de fazendeiro é de sol a sol, nas lides do campo. Não sobra tempo para nada. Mas desta vez fechei os olhos, deixei tudo para trás, e vim com Marina curtir um pouco o Rio de Janeiro.
- Fez muito bem. Temos sempre muito a conversar... E você, Marina? Veio ver as novidades do Rio?
- Também... Mas vim mesmo foi para conhecer Raquel. Incrível, aquela história da praia, não? Eu não acreditaria, se alguém me contasse algo parecido. Mas não tive como duvidar do Miguel...
- É verdade. Acho que nem eu mesmo acreditaria, se me contassem...
- Onde está ela?
- Já deve estar chegando, não foi muito longe. Você vai gostar muito dela, eu garanto. Não é mesmo, Miguel?
- É o seu amor que a faz ainda mais especial do que ela já é. Eu a conheci com dezesseis anos... e isso foi há apenas... dois anos...
Rubens achou graça da observação do amigo.
- Para um estranho, difícil de explicar... Ainda mais porque Raquel acabou de comemorar seus quarenta e oito anos... Um tanto inusitada a maneira como a conheceu...
- Miguel só fala nisso, Rubens. Ah, como eu gostaria de ter participado daquele encontro!
- Quem sabe, Marina? Certamente Rubens irá nos levar a uns passeios pelo Rio. E do jeito que as coisas acontecem com ele, nunca se sabe...
- É verdade. Às vezes eu mesmo estranho... – e, depois de pequena pausa - Miguel... você sabe que aquele episódio da praia não foi o primeiro?
- Não? – Miguel exclamou, já interessado.
- Já tive outros parecidos. E há muito tempo que eles vêm acontecendo. No primário, no colégio do Professor Manga, por exemplo. Esse foi um dos primeiros. Em outra ocasião, na estrada, enquanto dirigia indo para Curitiba, outra vez aconteceu. Ou ainda quando era estudante de arquitetura, depois de uma certa prova... E, como gosto de escrever, resolvi adaptar essas minhas lembranças para pequenas histórias, é claro que mudando os personagens. Foi assim que escrevi “A Praia”, “O Manga”,“Diálogo em Dois Tempos”... Assim, estando registradas, não esqueço os episódios...
- Eu não esqueceria nunca! Mas, Professor Manga? Era apelido?
- Não, não... Era o sobrenome dele. Sabe? Um homem adiante de seu tempo. Sabia como dirigir um colégio... Tomava atitudes e solucionava problemas com uma psicologia inata. E isso em mil novecentos e quarenta e sete, quando tínhamos acabado de sair da palmatória... Era amigo de todos, não havia quem não gostasse dele.
- Palmatória... Que exagero! Mas você não me contou nenhum desses episódios, digamos, “sobrenaturais”.
- Talvez porque a gente se veja muito pouco, Miguel. Um dia eu lhe conto, se você tiver paciência para me escutar. Mas, olhe, Raquel vem chegando!
O ruído da chave na porta anunciou a presença de Raquel. Quando ela viu o casal, abriu ainda mais seus grandes olhos negros e exclamou:
- Meu Deus! É você, Miguel? Mas que surpresa agradável! – e voltando-se para Marina - E você deve ser Marina, não? Rubens fala muito sobre vocês dois. Que prazer encontrar vocês...
- Raquel, você está cada vez mais bonita...
Ela abraçou Miguel:
- É o amor, Miguel... A longa espera por Rubens fez o amor crescer ainda mais... Eu nunca me senti tão feliz como agora...
- Posso imaginar. Trinta anos de espera!
Rubens atalhou a conversa:
- E então, Miguel? Vamos passear? Quanto tempo vocês pretendem nos dar o prazer de estar conosco?
- Uma semana, um pouco mais, talvez. Não posso me ausentar muito.
- Olhe, da outra vez passeamos pela orla, não foi? Pois bem, vamos para o mato, agora, que o Rio tem de tudo para mostrar. Floresta da Tijuca, Alto da Boa Vista, Capela Mayrink, Vista Chinesa, Cascatinha, Santa Tereza... Vamos passar de bondinho por cima dos Arcos da Lapa... O Corcovado e o Pão de Açúcar ficam para o fim, você já os conhece.
- Vista Chinesa? O que é?
- É um quiosque construído pelo prefeito Pereira Passos, na estrada D. Castorina. Uma homenagem aos chineses que vieram para o Brasil, “importados” de Macau para tentarem o cultivo de chá e de arroz, no Rio de Janeiro. Isso ainda em fins do século dezenove. Mas nada deu certo, e eles ficaram perambulando pela cidade. Só uma pequena minoria voltou para a China. E o quiosque tornou-se um dos pontos turísticos da cidade. É linda a vista lá de cima. Não tem nada de chinesa... É bem carioca...
- Você já me convenceu. Vamos começar por lá, então...
- E é bom porque você vai conhecer também um pouco da história do Manga.
- Ele devia ser mesmo especial, pelo que você fala. Mas o que tem ele a ver com a Vista Chinesa?
- O Manga era assim: pelo menos um domingo por mês ele e sua mulher, D. Ena, juntavam um grupo de vinte ou trinta alunos, subiam conosco de bonde até o Alto da Boa Vista, e de lá descíamos a pé até cá em baixo. Uns bons quilômetros, pois as caminhadas duravam de manhã cedo até a tardinha. Era o que se chamaria hoje de ‘caminhada ecológica’. Eram três trilhas: uma, descia pela estrada das Canoas e acabava em S. Conrado. Outra, findava no Horto Florestal, e a terceira no Parque da Gávea. Duas delas passavam pela Vista Chinesa, onde fazíamos sempre uma pausa para o almoço. Por causa desses passeios é que acabei indo lá muitas vezes.
“Eu não perdia nenhum deles. Lembro-me até de uma vez – a única em que faltei – que amanheci com um febrão dos diabos. Fiquei o dia inteiro triste, de cama, acompanhando, em pensamento, o passeio que meus colegas estavam fazendo. Parecia-me que caminhava junto a eles. Em dado momento eu me vi na Vista Chinesa. Estava de costas para o quiosque, apreciando a vista que se descortinava à minha frente, e tão absorto pela paisagem, que deixei até de ouvir a algazarra que a criançada fazia. Para mim, o silêncio era total, exceto por um ruído que ouvia atrás de mim, de pás e picaretas, como se trabalhadores ali estivessem.
“Voltei-me, e... não mais vi a minha turma, nem tampouco o abrigo de concreto. Havia agora um grupo de operários e - coisa curiosa! - eram todos chineses, com roupas que eu não conhecia, alguns até com aqueles chapéus em forma de cones - como que escavando as fundações do que ainda viria a ser o quiosque. Um homem, apenas, não era chinês, e vestia-se com apuro, embora com roupas também estranhas aos meus olhos de criança. Este, quando me viu, veio ao meu encontro, sorrindo, e perguntou:
“- Bons dias! Por aqui, sozinho?
“Respondi com outra pergunta:
“- Quedê o quiosque?
“- O quiosque? Ora, você está com muita pressa... Se mal começamos a fazê-lo... Como é seu nome?
“- Rubens. E o seu?
“- Luis. Luis Rey. Rey com “y”, porque rei mesmo não sou...
“Ele disse-me aquilo sorrindo. Não me assustei com aquela aparição, pois sabia que eram apenas meus pensamentos divagando. Não me lembro de mais nada do que aconteceu, além do nome dele, que guardei por causa do “rey” com “y”... Se a conversa continuou ou não, não sei, só sei que voltei a imaginar-me com o grupo, agora descendo a estrada D. Castorina na volta para casa.”
- Curioso, esse seu sonho. Pena que não se recorde de mais nada.
- Não foi sonho, Miguel, tampouco um delírio, que a febre não era tão alta assim. Foi apenas uma divagação da minha mente. Veja você: nos meus nove anos, imaginei os trabalhadores serem todos chineses, com certeza porque, se a vista era chinesa... os que a construíram só poderiam ser chineses. Coisa de criança...
- E por que você teria imaginado o quiosque em construção, e não já pronto? Por que será que você naquele instante deixou de ver o grupo?
- Isso eu não sei. Talvez minha paixão por projetos e obras seja mais antiga do que penso. Se naquela idade o que fui imaginar foi já uma escavação para fundações, será porque já teria alguma tendência para a arquitetura.
Miguel bateu nas costas do amigo:
- Então, quer dizer que desde criança sua mente divaga...
- Pois é... Acho que estou sempre no mundo da lua... Mas agora vamos voltar à realidade: é hora do almoço. Vamos deixar nossos passeios para amanhã, e reservar a tarde de hoje para matar as saudades.
E, voltando-se para Raquel:  
- Raquel, vamos acomodá-los. Esses dois devem estar querendo tirar a poeira dos sapatos. Se bem que poeira em avião é meio difícil...

No dia seguinte, cedo já estavam de pé. Miguel e Marina, por força dos hábitos da fazenda, e Rubens e Raquel já entusiasmados com a oportunidade dos passeios que as visitas lhes cobravam.
Após o café, rumaram para o Alto da Boa Vista. De lá, desceram pela estrada D. Castorina, e pouco depois chegavam à Mesa do Imperador. Rubens refez o trajeto que tantas vezes fez a pé com o Professor Manga.
- Aqui era onde o Imperador D. Pedro II parava para o lanche, nas suas caminhadas...
- Com certeza, “caminhadas” em cima de carruagens. O Imperador não devia ser muito afeito a passeios a pé... Mas, olha... Era muita coragem e também muita responsabilidade de seu professor, para tocar o rebanho a pé por esta estrada... Nunca ninguém se machucou, nunca houve um acidente?
- Eram outros os tempos, Miguel... Passava um carro por hora, éramos donos da estrada... Não havia violência, nem assaltos... Perigo nenhum...
Logo adiante surgiu, no meio de uma curva, o quiosque da Vista Chinesa.



- Veja, Miguel, lá está. A Vista Chinesa. Até aqui eram pelo menos quatro horas de caminhada.
Ele parou o carro em um arremedo de estaciona-mento, à beira da estrada. Miguel e Marina foram para o peitoril que circunda a construção, para apreciar a vista... carioca. Marina dirigiu-se ao seu anfitrião:
- Que beleza, Rubens! Esta cidade é mesmo maravilhosa, até pelos cartões postais que nos proporciona em cada curva da estrada!
E, voltando-se para a construção:
- E o quiosque é também muito bonito. Vê-se que foi construído com esmero. O teto duplo, as gárgulas simbolizando, talvez, os famosos dragões chineses, e toda essa alvenaria imitando galhos de árvores retorcidos... Quanto trabalho! Obra de artistas...
Estavam assim, apreciando os detalhes da construção, quando Miguel percebeu que mais alguém, um pouco afastado, também debruçava-se no peitoril:
- Olhe, Marina, não somos os únicos turistas por aqui. Vamos saber de onde ele vem.
- Você e sua mania de conversar com todo mundo! Deixe o homem em paz...
Miguel aproximou-se do homem. Era um velhinho, já bastante idoso, que parecia nem ter notado a presença dos outros visitantes. Já bem perto, viu que ele tinha feições asiáticas.
- Esse é chinês... Viu, Marina? Veio de longe...
E acercando-se do velho arriscou, mesmo em português:
- Bom dia, senhor. Tourist?China? From China?
O velhinho sorriu:
- Não, senhor... Já tenho tanto tempo de Brasil que me considero brasileiro...
- Ora... Mora mesmo aqui no Rio, então...
- Sim, eu nunca saí daqui, depois que cheguei da China...
Voltou-se, admirando o quiosque:
- Eu ajudei a construir ele...
- Como? O senhor trabalhou na obra do quiosque?
- Sim... Desde as fundações até a última gárgula...
- Não me diga... – e, falando mais alto – Rubens! Venha cá, Rubens! Imagine! Esse senhor trabalhou na construção da Vista Chinesa!
Rubens aproximou-se, curioso:
- Bom dia, senhor! O senhor então deve ter muitas histórias para contar...
- É verdade, meu filho... Histórias até de antes dessa construção... Histórias da minha juventude, um tanto sofrida, mas nada que me fizesse desistir de caminhar...
- Sofrida? Por que, senhor?
Ele olhou para os quatro, um por um, como que examinando-lhes a alma. Depois de uma pausa, continuou:
- Vocês não eram nem nascidos, quando cheguei aqui com mais uma das tantas levas de imigrantes. Isso foi em 1900, com 15 anos de idade e cheio de esperança, para trabalhar nas lavouras de arroz. Mas nada deu certo, e quando desistiram das plantações ficamos sem nada, perambulando pelas ruas, mendigando uma refeição. Vocês imaginem, um estrangeiro, sem falar nada de português, abandonado, sem emprego... E éramos muitos nessa situação, meu filho. Mas... não vamos contar desgraças, ? Se estou aqui firme, com meus oitenta e cinco anos bem vividos, foi graças ao Dr. Pereira Passos, que mandou construir esse quiosque, acho até que para pedir desculpas a nós... Todos os operários que trabalharam aqui eram chineses, vindos das roças de arroz. Foi uma homenagem que o prefeito quis nos fazer.
Miguel olhou para Rubens, Rubens para Miguel. Todos os operários... chineses?...
O velhinho continuou:
- Só quem não era chinês era o Dr. Luis. Ele acompanhava a obra de perto, queria que saísse tudo perfeito.
Imediatamente Rubens ligou as palavras do antigo operário à sua imaginação de criança.
- Esse Dr. Luis... Seu nome completo era Luis... Rey? – Rubens perguntou, já com a voz embargada.
- Sim, senhor. Luis Rey, né? Era o arquiteto. E ele fazia questão: “Rey com ‘y’... porque rei mesmo não sou...”,brincava conosco. Ele era uma pessoa muito boa. Tratava nós todos muito bem, ouvia nossas ponderações, aceitava às vezes sugestões que a gente dava, era muito humano, né? Muito humano, muito humano.
Coincidências não existem, pensou Rubens. Que história era aquela? Que mais saberia aquele senhor, que tivesse a ver com sua imaginação de criança? Luis Rey, “Rey com y”, operários chineses... Foi Miguel, já também intrigado e lembrando-se do que acontecera na Prainha, que tentou extrair algo mais do velho operário:
  - E então? Que histórias o senhor deve ter...
- Muitas. Mas... uma delas me impressionou muito. Lembro-me bem. Um dia, estávamos ainda começando as escavações para assentar as fundações das pilastras, quando apareceu por aqui um menino – não tinha mais que nove anos – e o Dr. Luis puxou conversa com ele. Ele mostrou interesse pelo quiosque, querendo saber como iria ficar depois de pronto, e fez tantas perguntas, que o Dr. Luis acabou por mostrar-lhe os desenhos do projeto. E, o senhor quer saber? ele entendeu tudo!
Miguel voltou-se para o amigo:
- Rubens... Que quer dizer isso?
Rubens respondeu, mas de olhos fixos no chinês:
- Não sei, não me lembro... Diga-me, senhor: O arquiteto mostrou os desenhos do quiosque para um menino de... nove anos?
- Isso mesmo. E ele começou a dar palpites, imagine! Primeiro, disse que ia ficar muito bonito, sim, mas que podia ficar mais bonito ainda.
“- Mais bonito ainda? Como? – perguntou-lhe o Dr. Luis, é claro que com evidente descrédito. Mas o menino não se deu por achado. Ele era muito esperto.
“- O senhor não acha que tem colunas demais pra segurar o teto? O senhor desenhou com oito colunas, vai parecer um paliteiro... Acho que se fosse só com seis ia ficar muito mais bonito.
“Meu senhor, imagine só... Primeiro o Dr. Luis riu muito da comparação. Então olhou para o desenho, depois para o menino, que também lhe sorria. Demorou muito a responder, examinando detidamente a folha de papel. Depois disse:
“- Sabe que você tem razão? Vou modificar esses desenhos! Há de ficar melhor com seis colunas!
“Eu fiquei surpreso vendo um doutor dar ouvidos a um pirralho. Mas... olhe para isto” – e apontou para a construção – “não ficou mesmo bonito?”
O coração de Rubens batia descompassado. Raquel já imaginava um desfecho no mínimo insólito para aquele encontro. Miguel e Marina, mudos. Seria, sem dúvida, mais um daqueles casos que só aconteciam com Rubens.
- Meu senhor... então eram oito colunas, antes?... – Rubens voltou-se para os três, repetindo – Eu não me lembrava disso... oito colunas?...
O velho chinês nada percebeu.
- Oito colunas, né? Mas não foi só isso.
- Não? O que houve mais?
- O menino disse:
“- O senhor vai botar um dragão em cada bico do telhado?
“- Sim. São as gárgulas, como se chamam esses dragões. Que é que você acha? Outra sugestão?...
“- Vai ficar muito bonito. – e, apontando para as gárgulas, no projeto - Mas por que eles estão olhando para cima?
“- As gárgulas são sempre colocadas de cabeça erguida. São sempre as guardiãs de qualquer monumento. Não vão deixar que nada de mal aconteça por aqui. Para os chineses os dragões são sagrados!
“- Sei... Mas a vista daqui é tão bonita... Por que elas não podem olhar para baixo, para apreciá-la também?
 “Eu me lembro que o Dr. Luis outra vez achou graça na observação do pirralho. Depois, ficou muito sério, né? Muito sério mesmo. Ficou um tempão examinando os desenhos, até que disse:
“- Meu filho, você vai longe... Vai ser um bom arquiteto...”
O ancião suspirou fundo, como que de saudades daquela época, e apontou para o alto, mostrando as gárgulas:
- Não é que o menino tinha razão? Há mais de sessenta anos que esses dragões velam pela cidade...
Rubens sorriu para o velho chinês e debruçou-se no peitoril, de olhos fixos na cidade que se movia lá em baixo. Raquel abraçou-se a ele, cúmplice que era de suas histórias. O sol de quase meio dia fazia brilhar a vegetação, tornando ainda mais bela a paisagem, emoldurada pelo Corcovado de um lado e as águas da lagoa ao centro. Era a mesma de mil novecentos e cinco, quando ele ali havia estado com o Dr. Luis Rey (com “y”...), agora acrescida de todas aquelas construções, que se faziam pequeninas lá do alto, e de muitos ruídos, transformados em tímidos sussurros pela distância. Inconfundíveis sussurros da cidade grande.
 Miguel e Marina, ao seu lado, nada falavam.
Permaneceram assim por longo tempo, degustando silenciosamente as palavras do velho chinês. Nenhum dos quatro ousava tecer um comentário que fosse, até que Marina resolveu acabar com o silêncio.
- Rubens... Aquela história do Manga... Vamos para casa, não vejo a hora de ouvi-la...





Nenhum comentário:

Postar um comentário